CURSO- SEMEANDO A PAZ PARA UM SABER TRANSFORMADOR
A primeira tarefa da Educação é aprender a enxergar.
Essa frase de Rubem Alves nos leva a refletir sobre a nossa existência no mundo da Educação. Não estamos neste mundo por acaso. E nos faz pensar também sobre o que ensinamos.
É preciso repensar nossa pratica pedagógica. E preciso que passemos por uma verdadeira metamorfose, desaprendendo o que se tinha aprendido para apropriar-se do novo. Mas o que é o novo?
Falta, infelizmente, por parte de muitos educadores, a arte da sedução pedagógica. E, portanto, falta o reencontro consigo mesmo; falta sonhar e possibilitar que o aprendiz sonhe. Falta despertar(-se) para o desejo de aprender e de ensinar; falta invadir o mundo da imaginação e da magia .E, com a magia da educação que haverá a possibilidade de criarmos pessoas com sentimentos; crianças mais doceis, menos violentas, capazes de construir um mundo melhor, com mais prazer. Adultos sim, mas sempre crianças.
Surgem, então, outros questionamentos: A nossa Educação é movida pelo afeto. Onde busca-lo? Será que não estaria escondido nos contos infantis, na expressão das crianças que pedem a repetição das mesmas historias...
Essa questão dos contos de fada em função da sua natureza simbólica é extremamente importante. Por meio deles as crianças colocam-se na posição de cada personagem, percebendo-se enquanto agente, sentindo-se num mundo real, mesmo que simbolicamente.
É fundamental resgatar o gosto pela leitura, ler para as crianças, abrir as portas da biblioteca, fazer o aluno sentir felicidade ao encontrar-se com um livro. Cabe, a nos educadores, oferecer-lhes o melhor cardápio, uma vez que a criança esta faminta para aprender e tem uma capacidade enorme de assimilação.
Para que a escola se renove e crie oportunidades para o encontro com o novo, e preciso armar-se de beleza e arte, abrindo as janelas ao aprendizado integro, conciso, solido.
Cabe a escola lembrar que o que fica e o residual, a essência. Na maioria das vezes, no entanto, ela e invadida pela burocracia e se esquece desses elementos emocionais.
Exigimos sempre dos nossos alunos aquilo que nem sempre temos a capacidade de exigir de nos mesmos, porque esquecemos que a mente inteligente aprende a esquecer aquilo que aprendeu; ela guarda a vivencia, a essência, a experiência. O aprendizado não colocado nos livros e o que fica guardado para sempre. O que e importante reter na vida são as trocas e as relações que estabelecemos entre as coisas, os fenômenos e as pessoas.
Vê-se, então, que o papel do educador, enquanto facilitador e mediador das relações que o aprendiz estabelece, esta no criar situações para que os alunos consolidem essas trocas, servindo-se da competência intelectual responsável; de um conhecimento fluido, instável e renovador; do despertar para a criticidade, a partilha e para a capacidade de ouvir, de aprender a tolerar, de compromisso com a simplicidade voluntaria e com a paz e o resgate dos valores humanizadores, éticos e morais.
Sabemos que o educador não tem de ser um campeão, mas devemos nos esforçar para ver nosso aluno no pódio. Ele só chegara la se tiver condições para o aprendizado, se for ouvido no que tem a dizer, se puder colocar para fora suas experiências vividas.
Somente com esse novo olhar para o que e novo, com sensibilidade e prazer, nós, educadores, chegaremos aos grandes mananciais da aprendizagem.
Fonte de Estudo: CARRARA, J.A. "Educar para a sensibilidade"(http://www.profissaomestre.com.br)
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário